sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Manifesto - Só a leitura salva




Não tive a oportunidade de conhecer o pessoal responsável pela elaboração do manifesto, mas a partir de agora tentarei acompanhar trabalhos desta natureza.

Acredito, como já disse em outros posts e em respostas à comentários, que as pessoas que buscam o conhecimento tem obrigação moral de apresentar aos seus semelhantes outras formas de pensamento, outros valores ou ideias. 
É imprescindível para a melhoria da condição de vida da nossa espécie, que tenhamos mais leitura, mas tão importante quanto a leitura é estimular outras formas de inteligência. Através da música, do teatro e da pintura estimulamos áreas do nosso cérebro tão importantes como à da leitura. Quanto mais estímulo à plasticidade de nossa inteligência, mais possibilidades teremos de encontrar potencial e futuros "gênios".

Eu comecei contaminando os hábitos dos mais próximos.
Você vai contribuir com o quê?

Boa reflexão.
Saudações cordiais,
O Estudante

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Reflexões sobre o medo

O Grito - Edvard Munch


Vídeo da conferência do Estoril 2011.
Mia Couto escritor moçambicano, faz a leitura de um ótimo texto sobre o medo.

Depois de assistir ao vídeo deixei as minhas sinapses correrem mais soltas. Atalhei, recortei, fiz e refiz construções e ligações para sintetizar o que ouvi com os medos e impressões que me foram dados ao longo da vida. Impossível não relacionar as coisas que leio ou ouço com a minha pequena bagagem.

Confesso que minhas críticas ao que está posto estão recentemente influenciadas com as idéias marxistas. Seria impossível não estar influenciado. Esta é a conclusão a qual inúmeros pensadores chegaram antes de mim. Somos a todo instante, direcionados - ou domesticados, para falar a linguagem de Foucault - ao arbítrio do outro.  O outro ou o Grande Outro está sempre presente em nossas ações, nas nossas aparentes decisões, nos pequenos círculos de poder onde eles se manifestam sem aparecer.

Complicado isso de ser e aparentar não ser. A mágica do negócio é precisamente esta. É fazer-se presente a cada instante, direcionando nossos anseios e inquietações com tamanha naturalidade ou naturalização que parecem fruto de um livre arbítrio, tão vendido e disseminado.

Gostaria, pois, de dedicar mais tempo ao pretenso livre arbítrio, porém vou me ater ao medo.

Da mesma sorte que as paixões, nossos medos são inseridos sem que nos apercebamos, e assim retiram o que há de mais belo no homem. A capacidade de reinventar, reler e criticar a fim de chegar ao novo.

Boa reflexão.

Saudações cordiais,
O Estudante.